Sim, pularei uma fase

Sou formado em jornalismo e quero continuar meus estudos. Se eu seguisse um raciocínio convencional, provavelmente a minha decisão seria certeira: entraria num curso de mestrado.

O mundo acadêmico é repleto de burocracias, jogos de poder e dinâmicas internas que respeitam um ritmo bem particular. Tenho me aprofundado no tema educação, para entender os meandros da educação formal, e decidi que desviarei dos caminhos tradicionais, pelo menos neste ano.

Não entrarei no mestrado, mas num doutorado diferenciado. Sim, pularei uma fase. “Você pulará uma fase?”, dirão assustados alguns leitores. Sim, pularei uma fase. Não por achar que sei mais do que um mestrando. Mas por considerar que sou capaz de mergulhar num processo de aprendizagem que exija o máximo de mim. Nasce aqui o primeiro curso de doutorado informal criado por um jovem de 21 anos com pensamento caótico. Por enquanto, com apenas um aluno: eu mesmo.

Durante 2012 e ao longo dos próximos dois anos (ou menos, ou mais), desenvolverei uma pesquisa sistemática, com a ajuda de tutores e, ao final, de uma banca escolhida por enquete online, que avaliará o resultado da minha (humilde) investigação. Para acompanhar o passo a passo da jornada, fique atento às atualizações semanais desta página.

Como não quero desenvolver um processo egoísta, quem quiser se juntar comigo na jornada (e topar o desafio de mergulhar num processo intenso de aprendizagem informal), basta entrar em contato, daí podemos combinar a melhor forma de tornar essa caminhada mais coletiva.

* Lembrando: não sou o primeiro que decide desenvolver um curso por conta própria, a partir de livros, materiais da internet, discussões com tutores, especialistas e amigos. Projetos como o website P2PU e o livro DIY têm motivado o aprendizado independente com bastante ênfase.

(Por André Gravatá)